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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Critica do filme 47 Ronins

Yuri Souza

Antes de ler a critica abaixo  quero deixar claro que ela e baseada em opinião pessoal.


Antes de ler a critica abaixo, quero deixar claro que ela se baseia em opinião pessoal.
Uma cena de filme, caso não seja bem escrita e dirigida, mesmo que visualmente bem filmada, torna-se rasa, vazia e sem importância, independentemente do seu contexto para a história. Infelizmente, esse é um dos principais problemas do filme 47 Ronins. O longa traz um roteiro fraco e sem profundidade, como visto na cena da morte do mestre dos ex-samurais. O que era pra ser a cena mais dramática do filme torna-se irrisória. Como é possível torcer para que a vingança dos ronins se concretize se em nenhum momento do filme o roteiro cria afeto entre o falecido mestre e o espectador? Ao invés disso, nos minutos inicias ele é mostrado como um homem rude e aborrecido. Sua morte causa até certo alívio, tão chato e insuportável é o personagem.

Esse é apenas o defeito principal. Há outros muito piores, como o nosso amigo Keanu Reeves (que no filme interpreta Kai, um homem que foi criado por demônios da floresta) que durante a divulgação foi vendido como o Rei Arthur dos 47 ronins em sua vingança. O personagem se mostra tão importante que se o papel fosse interpretado pela Rihanna no lugar de Reeves, o resultado seria o mesmo. Não há desenvolvimento em cima do personagem, da mesma forma que não há profundidade sobre sua personalidade. Impossível se afeiçoar com as motivações dele, como o amor pela filha do falecido mestre. Sua atuação também não ajuda, pois não passa amor em seu olhar para a princesa. Reeves olha para ela e diz que está apaixonado, mas em seguida lança o mesmo olhar a um companheiro de batalha. Das duas opções uma: ou rola um amor homossexual ou simplesmente Reeves atua no automático (para minha segurança prefiro acreditar na segunda opção).

As cenas de ação chegam a ser interessantes, mas não conseguem prender a atenção do espectador.  As lutas que poderiam ser fantásticas acabam se tornando apenas um grande gasto de CGI. Depois de filmes como O Tigre e o Dragão é quase inadmissível haver um filme com a temática épica japonesa onde as cenas de luta não sejam bem feitas e filmadas com uma coreografia, no mínimo, bem amarrada. Exemplos como o da luta de Reeves contra a bruxa em forma de dragão mostram o quão a encenação do ator é falsa. E, para piorar, a criatura não tem presença alguma em tela, deixando clara a visão do samurai lutando contra o vento.

Falando em bruxas, como não citar os vilões do filme, que se mostraram tão ameaçadores quanto o Ranger Verde? Além de motivações rasas, o vilão Kira quase não possui falas, não coloca medo e ainda deixa em dúvida o porquê de uma bruxa poderosa ficar à mercê de um vilão com o qual ela poderia dar cabo em segundos.

Hiroyuki Sanada é a única coisa que agrada no filme. O ator incorporou muito bem seu personagem: o samurai Oishi, também líder da vingança dos ronins. É o único do elenco que passa firmeza ao atuar. E, quando aparece em cena, deixa motivos para não desistir de ver o filme até o final. Suas feições transmitem a verdadeira emoção: saber que apenas a morte o espera, mas que se não vingar seu mestre sua vida será longa e covarde. Em suas palavras “Quando um crime fica impune o mundo fica desequilibrado”.

A cena onde todos os 47 Ronins firmam o pacto de vingança, antes de irem à vila de Ako, seria muito interessante se não fosse os erros que o roteiro até então já tinha cometido. A cena poderia ter sido muito boa, mas depois de tantos furos e com a história já se encaminhando para o final, não haveria momento que salvasse o filme do fiasco.


Considerações Finais:


O filme é um conjunto de erros, cenas de ação fracas, diálogos ruins e atuações pífias. O único motivo para perder tempo vendo o filme é a mera curiosidade, mas nada além disso.
Veja imagens do filme abaixo:












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